sábado, 16 de abril de 2011

Traças & Pipoca

Oi, pessoa com falta do que fazer.
Ah, desculpa, mas, para estar lendo isso, você deve estar sim com falta do que fazer.
Não, eu não estou com falta do que fazer. Eu estou só com preguiça de fazer... É diferente.

Bom, bem, "baum", esses dias eu estava fazendo as minhas tarefas, quando minha avó dormiu no sofá e por acaso deixou na TNT. Passou um filme de uma das rainhas da Inglaterra. Foi uma rainha interessante. De acordo com o meu professor de história, ela criou o "mito da rainha virgem", mas, de virgem, nem as orelhas dela, entendem?
MAS isso não tem nada a ver com o que eu ia falar, foi só um comentário à parte. O que me interessa na verdade é o filme que passou depois: Orgulho e Preconceito. Eu adoro esse filme, mas, pricipalmente, eu adoro o Mr. Darcy. Aaaah, isso também é um detalhe à parte.

(Eu não sei se é o charme do Mr. Darcy ou se é o charme do Matthew - o ator-, mas, de qualquer forma, seria realmente charme demais para uma pessoa só)

Enfim, eu li o livro e vi essa versão (que deve ser a mais atual) do filme e eu realmente recomendo ambos.

O livro foi escrito por Jane Austen, publicado ao que parece em 1813, anos depois de estar escrito. O ritmo da leitura é bem agradável. Se você procura um passatempo literário, este é uma boa pedida. É um romance bem cotado, mas eu não diria que tem muito valor "intelectual", seria mais pelo prazer da leitura mesmo.

A versão do filme que eu conheço é do ano de 2005, que teve Joe Wright como diretor e Keira Knightley e Matthew Macfadyen nos papéis "principais" (na minha opinião, "protagonista", nesta obra, é um termo questionável).

Bem, eu queria muito falar do enredo, mas isso é complicado, porque a trama é muito amarrada e qualquer coisinha que eu fale acaba arrastando detalhes importantes. Vou tentar falar da mais básica e propedêutica maneira que eu puder, mas não garanto um bom resultado.

A trama toda é mostrada a partir do ponto de vista de Elizabeth Bennet, que é/seria a protagonista. Ela é inteligente, mas, na minha opinião, impulsiva. Uma de suas marcas é prejulgar as pessoas.
Tudo começa realmente quando Elizabeth tenta ajudar Jane, sua irmã mais velha (do grupo de cinco), com o jovem por quem se apaixona, Charles Bingley. O jovem Charles tem como melhor amigo Fitzwilliam Darcy, que é praticamente o oposto do outro e não confia muito nos sentimentos de Jane.
É claro que isso faz com o Mr. Darcy entre em conflito com Elizabeth, o que nos leva a uma das vertentes principais do romance. As farpas dos dois.

(As cinco irmãs Bennet, sendo Elizabeth a do centro e Jane a loira a seu lado)

Falar mais do que isso é arriscar a contar demais. O que eu posso adiantar além disso, é que há vários pequenos conflitos, como deve ser um romance. O problema é que são tantos conflitos pequenos, que o conflito que deveria ser central acabou virando um dos pequenos também. Você só sabe que é o central porque é com os protagonistas.
Bem, não é um romance cheio de aventuras heroicas (espero que isso não tenha mais acento mesmo), mas acho que tem seus momentos mais emocionantes. Só recomendo para quem aceita poucas doses de aventura e muitas de drama social.

Ah, tem uma coisa que essa obra proporcionou que, na minha opinião, é excepcional: existem muitas obras posteriores que são sequências, releituras e versões diferenciadas da obra original.
Há um livro, A Filha de Mr. Darcy, se não me engano, que é uma espécie continuação de Orgulho e Preconceito e não foi feito por Jane Austen, mas por Elizabeth Aston. E neste mesmo patamar há pelo menos mais dois livros de outros autores.
Um livro que só fiquei conhecendo mais recentemente e que me recuso a comprar e ler é Orgulho e Preconceito e Zumbis. Eu não me lembro o nome do autor e nem me importo em lembrar. Não me interessei nem um pouco pelo trabalho, mas, para quem gostar do espécime, fica mais uma indicação.
E, por falar em indicação a mais, um outro livro conhecido de Jane Austen, Razão e Sensibilidade, também é um bom passatempo, embora eu ache que O&P tenha uma qualidade supeior a este.

Enfim, se você está com algum tempo livre, ao invés de ficar lendo blogs inúteis, vá ler um livro. Conselho simpático e gratuito, viu? Aproveite.
Até loguinho ^^.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Doce velhinho

Olá, pessoa perdida e desocupada (ou que burla as próprias ocupações)...

Sabe, eu não só duvido, mas também espero que você não seja completamente só no mundo. Família e amigos são fundamentais - falando sério, quem não tem a elevação necessária para suportar o isolamento completo perde a noção.
Na minha opinião, uma das melhores coisas de ter família e amigos é ter muita história para contar. Histórias de todos os tipos: engraçadas, tristes, emocionantes, alegres.
Casos tristes são coisas que eu não penso serem para se compartilhar com qualquer pessoa, mas acho que histórias engraçadas deveriam ser bastante divididas. Afinal, rir é o melhor remédio, é o que dizem.
Talvez eu não seja a melhor contadora de histórias, mas minha família com certeza tem boas histórias para serem contadas e isto, pelo que me consta, já é de longe no tempo.

Se você tem um vovô daqueles chiques e cheio de "nove horas", você talvez tenha uma ideia de qual era a aparência do meu distinto e, infelizmente, já falecido bisavô.
Bisavozinho nunca, repito, NUNCA saía de casa sem ser de paletó, bengala e chapéu. Se ele fosse comprar pão na padaria da esquina, ia vestido a rigor.

Quem visse essa figura tão peculiar jamais suspeitaria da alma "arteiramente" jovial que se escondia ali.
Sim, querido bisavô era arteiro como uma criança. Um pregador de peças. E meu padrinho que o diga.


Sair com o bisavô para ir pegar o trem era pedir para levar bofetadas a cada entra e sai de pessoas. O doce velhinho tinha uma tática para aprontar e nunca levar a culpa - que era ter sempre um bobo em quem colocá-la.
Quando uma mulher sentia um beliscão em suas coxas e, indignada, virava-se para quebrar o infeliz responsável, via-se em um dilema nem tão terrível: bater no senhor de idade, de terno e chapéu ou no moleque que estava com ele. Vocês podem imaginar quem sempre apanhava. É, padrinho, ainda bem que tapas não deixam cicatrizes (xD)!

Agora, se você pensa que era só esse o tipo de safadeza que ele aprontava, sinto, mas se enganou. Ele também tinha peripécias mais infantis.
Acho que o bisavô tinha uma aversão à tristeza, porque nem mesmo os velórios eram poupados.
Com o nono, eu aprendi que nunca se pode deixar sua bolsa dando sopa, quando o engraçadinho da família está no recinto. E não diga que eu não te avisei, quando encontrar quilos de chuchu fazendo peso extra. Sim, esse era um dos passatempos dele durante os velórios (xD).
Ah, e cuidado se seu calçado tiver cadarços. Você só vai descobrir que ele laçou os dois pés num mesmo nó, quando já estiver de cara no chão...

Bem, é como dizem: não julgue o livro pela capa... Nem o vovô pelo paletó.
Fica a dica ;D

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Vovô do mal

Olá, pessoas.

Um amigo do meu namorado costuma dizer que "o trem (ou o metrô) é a passagem para um mundo paralelo", por causa das esquisitices que se vê dentro deles. Se você anda de ônibus com frequência, sabe que os trens não são os únicos mundos paralelos.
Eu duvido que alguém não tenha uma "história de busão" para contar. No meu caso, os azares são mais frequentes que as bizarrices, mas cada um se vira com o que tem.

(Quem dera fossem assim...)

O que acontece é que estava eu, um tempo atrás, mais uma vez curtindo aquele passeio agradável de ônibus. Motorista demente, asfalto esburacado, aquela delícia de sempre. E eu, balançando de um lado pro outro, sentadinha no meu cantinho.
Dali a pouquinho, entrou um vovô. Eu olhei pra um lado, olhei pro outro. O ônibus não estava abarrotado de gente, mas não tinha mais lugar pro senhor sentar. Então eu chamei a distinta criatura e dei meu lugar para ele. Peguei meu material do cursinho, levantei e fiquei em pé, segurando no apoio.

Até aí, tudo lindo e maravilhoso. Mas, como disse alguém que eu não sei quem, não há bem que sempre dure e nem mal que nunca se acabe. E foi para confirmar este dito que entrou um grupinho escandaloso, barulhento, baderneiro e com péssimo gosto musical de adolescentes colegiais!
É inacreditável o quanto alguns adolescentes são babacas quando estão em grupo! Céus, vieram falando mais alto que campainha de jogo, num quaquaqua infernal sobre uma tal vaca chamada Raquel, ouvindo com aquelas porcarias de alto-falantes do celular um pagode do cão. Por que sempre que eu estou no ônibus entram umas tranqueiras assim? Por quê?!

E, mais uma vez, para provar que aquele dito é verdade, alguns pontos depois, o grupinho chato desceu. Oh, paz... Ou foi isso que eu pensei na hora.

Lembra do vovozinho que entrou há um tempo? Que eu cedi meu lugar para sentar? Pois é, o vovozinho também estava indignado com o grupo que tinha saído e resolveu manifestar para as vovozinhas e tias do fundo do busão a indignação.

"Esses estudantes de hoje são mesmo um bando de desocupados. São bagunceiros, não têm educação" e blá, blá, blá...

E eu fiquei lá, quietinha, no meu cantinho, enquanto as vovozinhas e tias concordavam e olhavam feio para mim e para o meu material de estudante.

Valeu, meu senhor. Você sentou no meu lugar e eu ainda saí de vilã.

Mas, já que o caso é do ônibus, vamos tornar meu desabafo mais útil para lembrar uma coisa muito importante: educação é para todos os lugares, inclusive no ônibus! Não grite, ninguém está interessado na sua conversa (principalmente se for sobre uma vaca chamada Raquel). Não ouça música num volume alto, pode apostar que metade das pessoas ali não gosta do mesmo estilo que você. Mochilas grandes podem tirar o lugar de uma pessoa, leve sempre perto do chão e não nas costas. Ofereça seu lugar para idosos, grávidas e pessoas com criança de colo. Você vai querer que alguém te ofereça quando precisar, então faça o mesmo pelos outros.

Bem, bom, well, agora, que já desabafei e alertei, posso me despedir tranquila. Ou pelo menos eu espero poder ¬¬.
Até, até. Beijinhos!