quinta-feira, 24 de março de 2011

O Mistério de Lord Josef

Não, não é nome de filme, se é que alguém se perguntou isso quando viu o nome do post. Isso, meus caros e estimados, é o nome de um dos meus textinhos infantis e talvez enfadonhos, mas que me deu vontade de compartilhar com alguém (que não fosse a pobre da minha irmã, que eu atolo constantemente com minhas histórias e poesias).

Well, eu espero que apreciem minha historinha - pelo menos meu professor do colégio gostou, me deu 10, então deve estar razoável.
Ah, e, antes que se perguntem o que a "foto" do Beethoven está fazendo ali, eu respondo de já que é porque ela era a inspiração para o texto - claro que deveríamos ignorar que era uma imagem de Beethoven e pensar nele como outro alguém, mas enfim...

O Mistério de Lord Josef

    Acordara mais disposto que o normal e também mais cedo, a empregada mal começara a preparar o desjejum quando ele sentara à mesa. Logo após uma bela refeição, saiu de casa rumo ao seu escritório. Não que não pudesse trabalhar em casa, mas preferia dessa forma.
    Andando entre as pessoas, uma coisa sempre lhe chamara a atenção: a forma como o tratavam, principalmente depois que começara seu negócio. Os olhares lançados a ele eram um misto de medo e respeito. Timidamente, uma mulher o cumprimentou:
    - Bom dia, lord Josef - a voz era fina e fraca, ainda mais se comparada à voz grave que lhe respondera:
    - Bom dia também a vossa senhoria. E como vai seu Ilmo. marido?
    - Muito bem, lord. Obrigada por perguntar...
    Não era segredo que causava, só por sua aparência austera e altiva, pânico às pessoas. Era alto, cerca de um metro e oitenta. Nariz e boca eram traços firmes, rijos. Seus olhos raramente deixavam transparecer qualquer tipo de emoção, mas pareciam captar todos. Seus cabelos eram grisalhos e seus trajes, alinhados. Este era lord Josef.
    As ruas de sua cidade, Londres, estavam sempre movimentadas. Céus, que caos! Ele já vivera anos agitados, mas 1900 estava sendo terrivelmente mais desgastante do que qualquer outro ano, em sua opinião. Felizmente, chegara ao seu escritório, que era relativamente silencioso.
    Lá, observou seus arquivos. Havia algumas cobranças pendentes. Lamentou-se por ter que ir cobrar. Foi, então, até a escrivaninha, abriu a primeira gaveta, pegou seu revólver, guardou-o no bolso interno do paletó e saiu do escritório.
   Assim, o agiota foi pelas ruas. Seus devedores não gostariam de sua visita.

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